quinta-feira, 30 de abril de 2015
quarta-feira, 22 de abril de 2015
terça-feira, 5 de abril de 2011
O Regime das Águas
Ou melhor, sempre que se toma a goroa antes do espetáculo, ele é agradabilíssimo ou duca, como se diz por aí. Já não é a mesma garoa de tempos atrás: fina, contínua, aquela que deu nome à Cidade: terra da garoa!, mas ainda parece funcionar, a título de curiosidade, só pra antecipar o futuro.
sábado, 2 de abril de 2011
.
- quem faz a crítica estética do maior jornal do pais dá quatro estrelas... Elas existem, porque formam o próprio conceito coletivo do que seja bom...
-A questão é que para exercer tal profissão ele fez jornalismo.
- Basta ler, Ilusões Perdidas du Balzac...
segunda-feira, 28 de março de 2011
Aos homens
A proposta é conhecer a totalidade, sempre, mas só como ideal, pra fugir do comum, tipo "A Múmia" (1969), de Chadi Abd al-Salam ver a ausência da Cidade, do Estado e o tráfico de relíquias. É interessante, tenha certeza, ou tomar o café que o passarinho caga... Mesmo que chova em São Paulo há um filme a mais pra ver...
quarta-feira, 16 de março de 2011
terça-feira, 1 de março de 2011
Da Ordem
- ?
-Falemos da ordem pra por ordem no próximo movimento estético: se partir das sensações começamos pela estética e será o belo que lhe importará, seja lá o que considerar belo, e falamos também do que se pensa ou se escreve, tudo é palavra! lembra?
- Lembro, mas não entendi?
- Basta enxergar: "o cego não faz a ciência das cores"... mas faltará aprender os nomes, as regras que estruturam o diálogo...
- Tá, mais ou menos, fala...
- Então, para que se faça estética enquanto ciência são necessárias palavras,né?!
-!
-Daí sua primazia.
-Entendi...
-Da estética segue-se para teoria das paixões: a teoria das argolas, do belo, do gosto: filmes e músicas, o livro do rosto e a resposta atual...
- ?
- O que faz a égua e a mulher belas ao mesmo tempo?
- É...
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Coisa divina
Esqueceram suas histórias, as mesmas que são contadas pela bíblia (o novo testamento, o antigo é anterior a ele), que aliás não foi escrita por Jesus, mas sim por Paulo, Pedro e mais uns, os mesmos que seguiram o cara quando ele esteve por aqui... esqueceram da parte que não interessava: a pobreza de Jesus, ou seja, um judeu que no meio das pessoas mais afeitas ao dinheiro (vocês lembram das emissoras de televisão e porque não citar os estúdios de cinema dos EUA) formulou a mesma sentença de Aristóteles: por que com mais, se com menos? transformaram mesmo a divisão dos pães em milagre pra gente pensar que não dá pra fazer igual e ficar satisfeito por afirmar nem que seja uma vez ao ano nossa escolha...
E a gente leva tudo sem se preocupar, sem estudar os fatos, sem saber.
sábado, 11 de dezembro de 2010
Fatos?
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Nem sei
sábado, 20 de novembro de 2010
Transequi
disse isso apontando para o chão onde estava: a casa. O cachorro, malhado, tigrado, pedia um pouco de carinho (a despeito da opinião alheia: "ele é bravo, melhor nem tocar a campainha") pra depois sair de lado, farejar algum rastro inconfundível, tipo cachorra no cio, o qual deixava de lado logo em seguida pra pedir mais carinho, talvez ele mesmo já fosse um velho.
- o DKV tinha que puxar o freio de mão e deixar engatado, senão... ladeira abaixo. Quando a empresa ficava ali, no final da descida (disse isso apontando o morro próximo e, de fato, era uma ladeira acentuada) coloquei uns trilhos pra evitar as batidas, mas sabe como é...o DKV subiu nos trilhos, acabou o carro...
- Sei sim, eu mesmo bati no muro, ainda não dirigia era moleque e estava de bicicleta sem freio... foi feio.
- Vim mesmo de depois da Lapa, trabalhava por esses lados, achei que seria melhor, vim... fiquei. Olha ai, o Marcos chegou, ei Marcos...
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
tempos depois
Não cabia sequer a reclamação: elas devem ser feitas no balcão ao lado, (como se ele existisse).
Sem mais, um: - Oi, quanto tempo?! seria suficiente. Ademais, pra que? Ou pra quem? Se já não desejamos nada, a não ser aquela boca vermelha, aquela pela branca, alva, aquele jeito de menina que sorri, um sorriso gostoso, sem pudor, sem culpa, sem malícia.
- Ahh, então tem desejo sim? Vai? Não, nada? Porque nada foi o que ficou pra contar história...
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
considerações
Nem se quisesse, não é possível, porque é coisa certa e direita.
Não se falará mais do assunto, não se dirá nada: nem da vergonha nem das eleições.
No normal das vezes, diria que música ajuda, mas já não resolve e não comentam nem curtem.
O que é feito por outros é mais eficaz!
sem menção nem massagem
lugar silencioso este:
não é assim mesmo que gosta?
não foi o que pediu ontem a noite?
sem menção a rosa
sobre o nada
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
O Tratado Teológico-Politico
Ora, o assunto: religião, (o que preocupava Baruch era o conflito que parecia interminável na Holanda de seus dias: igreja x casa de Oranje, as quais disputavam o poder), parece que não foi esquecido com o passar dos anos. Ele fez, então, uma análise do texto bíblico para demostrar que ele (texto bíblico) não traz nenhum mistério e que tudo não passa de superstição. Para nós, parece mais importante assinalar a relação entre religião e poder/mídia: canais de televisão como: globo, sbt, record e bandeirantes parecem ter laços estreitos com a religião, (globo e SBT são de judeus, record do pastor e a bandeirantes, ao que parece, é islamica, pelo nome do dono...) Mais incrível é que todos os canais manifestam crenças cristãs, ou pelo menos, assim o fazem ao final de cada ano, quando todos, em função do natal, parecemos convencidos de nossas crenças.
Num ano de eleição, esse assunto também vem com força, em função das crenças particulares dos candidatos. Espinosa alerta em seu livro que o grande erro da religião foi recrutar os piores tipos para vestí-los com os trages da religião (falsa religião, pois prega o medo).
Para se livrar dessa superstição (medo) que faz dos homens escravos, é preciso conhecimento. Para começar é recomendável que se faça o exato oposto do que lhe foi proposto pelos supostos sacerdotes daquela falsa religião, posto ser a superstição e o medo seus fundamentos...
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Construção
Como se fosse real, ou se pudesse..., mesmo que aqui possa-se tudo, desde que seja real ou possível.
Ou não
terça-feira, 12 de outubro de 2010
12 de outubro
Faltou falar de Morena Nascimento e de tantos outros... mas aconteceu esse não sei que de coisa silenciosa que no normal das vezes basta noite bem dormida, mas que dessa vez não queria passar...
e seria o problema do tema, mais uma vez, coisa para qual em um lugar próximo basta a foto, talvez, e é tão bonito, colorido e falcatra que só dá pra sorrir, ou pegar a saída discreta pelos fundos posto não estarem ali para isto, seja lá o que isto for.
Seria preciso colocar uma placa, se houvessem paredes, ou layout, onde se escreveria em caixa alta: obras ou manutenção do ego (sem previsão de fim) para poupar os visitantes de expectativas: é culpa do Fiódor! gritará alguém...
É o último dos grandes, por isso elas se fazem necessárias, ou desejadas, ou certas, ou vagas, ou...
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Teoria das argolas - primeira resposta
Lembre-se que o lóbulo forma com a face um ângulo que confere à argola a inclinação necessária para que as supostas linhas se cruzem na boca, além do movimento que os brincos têm por si, em função do balanço da cabeça.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
sábado, 31 de julho de 2010
Figuras de retórica
Não obstante o tempo que nos separa dos gregos, suas figuras ainda são utilizadas por advogados, que da retórica de Cícero (que era romano) ficaram só com o elogio ao meritíssimo (ou aquele que tem muito mérito) e, obviamente, a distorção da realidade através da escrita empolada e confusa a todo aquele que não estudou tal mecanismo (vide a dificuldade em lermos nossa constituição). Usam-na para vencer a batalha judicial, sem que a verdade influa ou a despeito dela.
Uma curiosidade do nosso tempo onde observa-se o uso da mesma é o discurso do qual Caetano se vale em suas aparições:
-..., ou não!
A negação quando empregada no discurso proferido, como ele faz (ou não), logo após o que foi dito torna-o verdadeiro sempre! É mais fácil entender pensando numa tabela de verdade:
Conjunção [e]
V e V = V
V e F = F
F e V = F
F e F = F
Disjunção [ou]
V ou V = V
V ou F = V
F ou V = V
F ou F = F
A tabela continua com outras operações possíveis ao cálculo proposicional, mas o que foi exposto basta: perceba que no caso da disjunção [ou] seja a primeira proposição verdadeira e a segunda falsa, ou o contrário, o discurso continuara a ser verdadeiro.
Amanhã choverá ou não é sempre verdade! um dos exemplos usado em cursos de lógica (o cálculo proposicional é suficiente para que se entenda o que foi dito).
Ou não!
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Pilates
Voltemos a ela: bom lugar para por à prova a Teoria das argolas e as bonecas de porcelana da globo. Trata-se de impor o Belo, aí a jiripoca pia: aquele rosto quadrado, loira (lembremos das estrelas de tempos atrás!) o erro Crasso de achar que será melhor que a Natureza ao negar as sentenças: morenas são mais bonitas quando estão morenas, loiras quando loiras, ruivas quando ruivas...
A praia da Macumba fica mais ao sul do recreio: sabia que as cariocas dão dois beijos, um em cada bochecha, sempre? e então as coisas são diferentes, tipo misturar rock com samba e reggae e groove e...
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Teoria das argolas
As argolas direcionam o olhar para boca e se o que foi dito antes é verdadeiro, as meninas que as usam querem mesmo é sexo, sem afirmar nada quanto sua personalidade. Não se trata pois de dizer que quem usa argola é lasciva, muito menos vagabunda ou qualquer formulação concernente à indole da menina, pretende-se antes descobrir pistas da natureza.
A partir disto afirma-se que quanto maior a vontade, maior será a argola.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Meu caro Alarcon,
Ela é assim, surge nas horas mais estranhas e sai sem dizer tchau! o que, digamos, não é nenhum pecado, mas sim um favor.
Falemos então de futebol, o esporte do nosso tempo e que de tempos em tempos (quatro em quatro anos) move o mundo, converge os olhares para um determinado lugar e que desta vez não envolve só a visão, mas também a audição. Falo das vuvuzelas, se é assim que se escreve, isso que lá na África do Sul é uma manifestação cultural das torcidas virou pura e simplesmente mercadoria, enfadonha e pouco educada, sem necessidade, a menos que se pretenda infernizar alguém.
São coisas de nossos dias, aquela velha nacionalidade que aparece e desaparece num piscar de olhos, como bem disse um amigo em comum.
A gente continua depois... sempre, espero.
Abs
quarta-feira, 2 de junho de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
RTS
Aos comentários, todos muito dignos por sinal, caberia o adendo ao Promotor, posto não encontrá-lo no meio daqueles que tocam, só que não é bem do comentário, mas do que fazem fora daqui e que funciona feito um megafone e quem sabe outros os tenham seguido até aqui pra dar uma olhada no reino. A propósito dele, cabe também dizer que o trabalho de cultivo das idéias é ciumento e pra ser desenvolvido não pode ser posto de lado, que as ferramentas são as da astúcia sempre respeitando a lei: porque com mais, se com menos?
Foda mesmo é ouvir o eco delas em um lugar tão distante e ao mesmo tempo tão próximo
Vamos ao ensaio então...
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Se
Saberia logo que mulheres de canela fina são problema, que as que as têm grossas são propensas a serem mães, mas que o que rege mesmo é o tamanho da bunda. Saberia que na falta da certeza de qual presente dar? daria flores, porque elas se comprazem e no mínimo sorriem a gentileza.
Ficaria fácil colocar ordem em tudo, posto já ter as respostas, mesmo que ainda faltassem as perguntas. Direcionaria o querer, esse senhor de tudo e de todos, sem o qual não se faz nada, mas com o qual se perde tudo. Saberia que os homens amam as novidades, pra cinco minutos depois esquecer qual mesmo era ela e continuar em busca de mais novidades pra ficar eternamente neste círculo, então, se tem alguma coisa há muito tempo aí, ela deve valer a pena, porque o que não interessa aos tolos vale, ou, aos tolos não interessa o que vale a pena e que as regras foram feitas pra terem exceções.
Já saberia as verdades de homens de antigamente: que o amado move sem nada fazer, então é só ficar quietinho. Que os homens procuram relacionar-se porque a solidão é foda, mas que o silêncio da mesma é agradabilíssimo quando falamos de espetáculos, e que você é sua melhor companhia, sempre, então, ela nem é tão ruim assim.
Saberia, pois, que não adianta perder a cabeça porque junto com ela vai a razão. Saberia que vinagre de maçã é um santo remédio e que os médicos que não sabem disso não sabem nada, que água é vida...
Que em média se perde muito tempo pra tirar a habilitação e mais tempo ainda no trânsito, então, se se faz isso pra correr atrás de mulher, nunca, nunca vale o trabalho.
Saberia que a morena é tipo Jesus: três em um, mas que isso só vale se acreditar que ele é: Pai, Filho e Espírito Santo, enquanto pra ela vale sempre, não tem erro, então, vai agradecer diariamente a Ele por ser brasileiro.
Teria todo esse conhecimento e nenhuma experiência, então, melhor deixar os dias passarem e ver o que acontece...
domingo, 16 de maio de 2010
Concerto de Ispinho e Fulô
Quem sabe se não é melhor deixar quieto, esperar passar, já teve festa e o pagode não resolveu. Pagode não resolve nada nunca, não aquele pagode, mas se a vida continua, porque ela tem que continuar, que venha o teatro.
Mas, então, as coisas começaram a mudar cedo, no princípio da dita, um giz e um recado:
- o que escrevo?
- escreve o que quiser, (sorrindo)...
E então foram cantos (é bem musical), cantava pra todo mundo ouvir, é claro, ela é uma das atrizes da peça, era o que devia fazer, normal. Mas não era o que fazia, e quem viu sabe! porque tinha mais meia duzia de homens vendo o mesmo espetáculo, tinha um ao lado, mas pra ele, ela só se dirigiu pra fazer um elogio ao outro. Era a mesma do giz, do recado.
A peça continuou com eles equilibrando muitas coisas na cabeça e ainda dançavam forro, porque o que Patativa faz é forro. Como num final apoteótico, mesmo que não fosse o fim da peça elas tiram alguém pra dançar, e a mesma do giz, do recado convidou:
- Mas eu não sei dansar... mesmo que já dansasse (porque ela ainda é errada, mesmo que o S dê mais idéia de movimento que o ç)
- Tudo bem, dois pra lá, dois pra cá, só isso
Podia acabar ali, porque a luz incidia... Não vale nada falar que perderam ou recomendar que vejam, o fato de escrever estas já bastaria como recomendação, mas a mágica da noite não se repete.
terça-feira, 11 de maio de 2010
O silogismo da água
Sócrates é humano
todo humano é mortal
então, Sócrates é mortal
O corpo necessita de três tipos de "alimentos": oxigênio, água e os alimentos sólidos (os que são comummente chamados alimentos: arroz, feijão, carne, macarrão...).
Homens treinados conseguem ficar alguns minutos sem oxigênio. Não é possível morrer prendendo a respiração, dada sua importância (respira-se mesmo durante o sono, o mecanismo do corpo responsável pela respiração é automático), então, ele é dos três o mais fundamental e constatá-lo é suficiente.
Por sua vez, o corpo consegue ficar dias sem o alimento sólido (vide os períodos de seca no nordeste brasileiro ou um dos tantos povos que passam fome na África), não se recomenda sua prática, nem há porque fazê-lo para experimentar a sensação, então, basta constatá-lo.
Pra falar da água, o buraco é mais em baixo e é necessário inclusive colocar ordem: depois de dormir (lembre-se que nunca deixou-se de repirar), quando na manhã do outro dia acorda-se depois de oito horas de sono, conforme o recomendado, qual é a primeira coisa a se fazer? Beber água.
O corpo suporta dias sem comida, antes de morrer ele acaba com toda a reserva (gordura) disponível, mas sem água perece na metade do tempo, como é evidente.
Donde se estrutura o silogismo, ou melhor o terceiro termo do silogismo (como se disse no anterior: Sócrates é mortal): Depois do jejum do sono, quando acorda-se a primeira coisa a se fazer é beber água, como é evidente.
domingo, 9 de maio de 2010
Desordenado
Se tivesse te encontrado no trem da ida, colocaria ordem na minha vida: ser seu pra todo sempre, mesmo que todo sempre fosse até o final da linha e o sempre seria ditado pelos trilho, mas seria com ordem.
domingo, 2 de maio de 2010
Recapitulando
A definição de amor de tempos atrás é, nos termos do dicionário, o que nos diz Aristóteles: o sentimento que impele as pessoas para o que se lhes afigura belo... é o mesmo que dizer que o amado move o amante sem nada fazer. Recortar e colar o que nos diz Abelardo do mesmo modo é uma tentativa de aproximação com o texto aristotélico, posto que ele, Abelardo, comenta os livros do Estagirita, para quem está começando a estudar a Lógica lá pelo ano 1100, então, não se trata da falcatrua do texto mais sim das cópias.
Tanta Lógica de nada serve quanto entramos em outros reinos: nenhuma persiste ao belo (o reino da lógica é diametralmente oposto ao reino das paixões, como se disse antes). A festa é o lugar próprio para ele, mas não pra quem não sabe dansar (com S como faz Rosa, tão errado quanto ela, mesmo que ela não exista).
E que festa! o bigode foi a propósito dela, talvez, talvez Mano Brown percebesse a violencia periférica que ele representava, talvez nem ele e então seria só você
terça-feira, 27 de abril de 2010
da série dos falcatras
Lógica para principiantes, Pedro Abelardo
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Demorou
parece que é estrela
posto que brilha por si.
Era ela de bolsa verde?
Não se soube
na tarde de quinta
dia 15
O Babo era às 19
diferente, né?!
Diferente mesmo
é a Amaral
depois que o Sol se põe.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Pedido I
os versinhos que te envio
pode ser reggae, milonga ou sambinha
pra toda gente ouvir e dançar
feito criança
ou menino travesso
olhando por baixo
as saias
das meninas festeiras
terça-feira, 13 de abril de 2010
Nas tardes perdidas II
sexta-feira, 9 de abril de 2010
à Bruna, Ingrid, Raquel, Marina...
RT
Então, sobraria tempo pra falar do tempo, não do castigo das chuvas ao Rio, que isso seria perda de tempo, mas sim, do tempo ele mesmo, enquanto tempo, sabe?, ou poderíamos usar o tempo pra falar do movimento, e então, falará de sua concomitante nas palavras, ou em como elas aparecem, ou na Idéia (sei da reforma, é que é dos poucos que não obstam dúvidas) de movimento que elas passam.
Mais ou menos o número de caracteres disponíveis, talvez, parei de contar no 44...
Mas ainda faltaria falar do próprio número, enquanto número e das cores como exemplo do simples e da ordem, ahh, a ordem...
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Observações
A retórica da negação, formula mágica caetanística. Ele mesmo se põe a questão mágica filosófica: existirmos, a que será que se destina?
segunda-feira, 5 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
O retorno
Não dá pra brincar de falcatra, quando se visa o conhecimento.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Retratação
Na terça, quando o tema foi o autismo infantil todos riram das coisas de criança: todo mundo era um, mas um deles, um menino, explicou que se acha os números primos tirando os múltiplos de dois e então faz-se algum cálculo com o três, mas ai não falava mais do simples e raciocínios complexos, os matemático são desse tipo, precisam ser explicados em pormenores...
segunda-feira, 22 de março de 2010
...
Já que tudo é palavra...
Resposta à carta que não foi recebida
Combatamos pois para sair do lugar: escrevamos manifestos, cartazes e poesias que não serão lidas pra que no fim não possam dizer nada, ou pra sair da roda que é rotina, ou pra rir de tudo e de todos com aquela maldade de canto de boca que passa despercebida ao olho alheio.
Formalizemos as convenções pra dar nossa cara ao mundo.
Escrevamos mais! não que desconsidere suas obrigações, mas ao contrário dos separados pela distância do front, tamo junto e não tem diferença. Sabe que nas cartas que escrevemos é como se estivessemos presentes. Então, não nos furtemos a emoção que é a cota que nos resta de luz.
abraço
até mais
domingo, 21 de março de 2010
Bongar
Esse domingo eles tocaram no CCJ e os judeus bancaram o espetáculo que arrematou o final com um dez retumbante.
Foi o senhor Taubkin quem trouxe os meninos negros de Maceió, também estavam as senhoras do Abaçaí e os senhores do Moderna Tradição. E ele, Benjamim, mestre como disse Sapopemba é tipo o Raphael pra quem o que o Tom faz é choro. Faz ele também uma mistura loca ao gosto dos brasileiros, recupera o popular, sons de lugares e tempos distantes e põe ao lado do metro.
A garoa na chegada já adiantava o resultado
ontem e hoje
maravilhas esteticas foram vistas
e a tendência tautológica é tentadora
"sempre que chove..."
Pp
Faltou falar das cores como exemplo de simples
nada mais simples que o amarelho.
Escuro
- Olha, é a menina do Entre Linhas, aquele programa da Cultura que fala de livros...
- Linda, pra variar, a única que se movia na Babel do espetáculo...
Não se compreendia as gargalhadas da platéia, dois ou três começaram e logo outros acompanharam. Não era próprio! com certeza, e a prova era clara: quando usavam da Libra, ou linguagem de sinais, e ninguém entendia o que os atores diziam em silêncio ninguém ria: se tudo é palavra, então não tem graça quando não entendemos, né?!
Foi o César e a própria limitação que não permitiram nem a primeira...
A resposta certa, e por isso mesmo satisfatória, veio da primeira que subiu para deixar o teatro, curiosamente uma das irmãs cegas:
- Sim, é um drama e não uma comédia...
Ao som de Abajur Lilás, no mesmo teatro, com outra peça e pagando menos da metade: aluno USP paga cinco reais... não tem nem o que dizer, a não ser recomendar que vejam. Hoje, domingo, é o último dia da peça.
- Não tem problema. Hoje tem Benjamim Taubkin, não vai rolar ver de novo, mas eles voltam... um dia.
domingo, 14 de março de 2010
Curioso III
A água, claro, ao menos na forma de gotas e isso é por conta das pontes de hidrogênio.
Não acredita?
Então, olha embaixo da tampa da panela
sexta-feira, 12 de março de 2010
Teoria Estética - notas
Para tanto são necessárias duas coisa: 1 - ver espetáculos, 2 - estabelecer uma tábua de categorias. Quanto mais ver, melhor será, (o olho se acostuma e gosta do escuro da sala). Essas experiências te darão a série de categorias, porque ora você vai ao cinema, ora ao teatro e além dessa variação pode variar de gênero: drama, comédia... e a mesma categoria que serve para um, não serve, necessariamente, para outro.
Ademais, o que interessa é o que está por fazer e não releituras dos originais gregos para discordar do doutor da cátedra de algum lugar, é mais interessante perceber que a Estética pode atingir outros tantos objetos: o exemplo da novela é só pra relembrar Platão e ver como as coisas se repetem.
Ler o Livro X e fazer anotações
quarta-feira, 10 de março de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
Ademais
segunda-feira, 8 de março de 2010
Nas tardes perdidas
deixando o ocaso
de um rosa nauseabundo
E o profeta disse:
bem aventurados os que têm fome e sede de justiça
porque serão saciados
Dos personagens esquecidos
do bem e do mal
de outra cultura
ficou o humor
de imagens bestiais
e a saudade confortável do esquecimento
nas tardes perdidas...
domingo, 7 de março de 2010
Domingo insólito
O dia foi de Sol, a noite, de fresca e o show um tanto parado. O samba de paulista da Céu não convenceu, por mais que ela cante bem, mano, voz afinada de timbre certo, disco novo, sem guitarras marcantes, mas mesmo assim pesado. É o eletrônico diria o desavisado, e a repetição, tal como disse que seria, mano, marcam as letras, com certeza. De novo, só se viu as pernas, longas e fortes...
Mais bonito é a Lavoura Arcaica e se literatura é paixão e não serve paixão requentada, parece que a Ana enfeitiça como se fosse a primeira.
sexta-feira, 5 de março de 2010
À muy hermosa Mercedes
Sabe que das minhas virtudes a mais viril é a paciência, sempre terá do meu amor quieto, até o dia que quiser. Te espero desde já, nem que leve meu amor embora...
terça-feira, 2 de março de 2010
Ei
ouça o que nos diz a voz coletiva
uns pedem sexo
outros escatologia
uns querem terra
outros moradia
uns segurança
outros vias
O iceberg partiu
e é sempre a água
nos momentos românticos
O Fim existe antes da própria coisa
então tá tudo bem
acabará mesmo feito filme
com beijos
numa garoa gostosa
domingo, 21 de fevereiro de 2010
De novo, num novo lugar
A Marisa estava lá, como é óbvio né, mano? Mas agora são muitas outras, tantas que só aumentam a confusão. A solidão é própria ao espetáculo, como já se falou, aliás esse é um belo título: A solidão e o espetáculo, ou, a solidão e o cinema e ele sempre valerá quanto o assunto for estética.
Mulheres belas também na platéia, coisa do Sesc... 2 litros d'áqua na drogaria da esquina custam 1,50, mais 2 do café, mais 5 do ingresso: 8,50 e agora o ano começou pra valer.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Diálogos platônicos - motel
- Ei, não é por minha causa. A recepcionista acabou de avisar ou não ouviu o telefone?
- Ahh, não se faça... Até parece que gostaria de ficar mais tempo. Parece que é coisa feita, sempre que começamos a conversar, a moça liga e você dá graças a Deus...
- Tá loca? Que foi linda, que bicho te picou?
- O mesmo de sempre: a sua indiferença.
- Xiii, deve estar chegando aquele período crítico...
- É está mesmo, e dai? Mas isso não muda o fato de que entre a gente é só sexo, nossos encontros dependem exclusivamente da sua vontade, do quanto você me quer e acabam junto com seu gozo...
- Caraca, você tá bem loca hoje, você não ouviu o telefone???
- Claro que ouvi, não sou surda, mas isso não muda nada...
- Lógico que muda, se ela ligou é porque estamos aqui a três horas, então eu preciso ir, tenho minhas coisas pra fazer...
- Tá vendo, é sempre do seu jeito, a gente vem aqui quando você quer e vai embora quando lhe é conveniente.
- Tá bom então, depois a gente continua com essa conversa quando você quiser, tá bom assim? mas agora temos que ir...
- Ainda vou conseguir te dar um fora, mas enquanto isso não acontece a gente se vê
- Linda, te adoro, sr...
Ética médica
A propósito de questões mais complexas, o título de doutor é conferido aos que fazem doudorado...
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Negócio fechado
O que ninguém sabia era sobre os sonhos de Malaquias, que a bem dizer se resumiam a um só: liberdade. Queria deixar de lado toda a convenção familiar, pai e mãe, pertences da infância rica de menino abastado e bem nascido, casa, negócios, mesmo a riqueza adquirida, objetos, coisas que só aumentaram depois que passou a se dedicar aos tais negócios.
Até o dia em que se revoltou e achou um buraco na rede das convenções e se atirou no telhado vizinho satisfeito dos poucos segundos que teve de liberdade plena antes de se acabar feito um saco jogado fora. Sua liberdade custou-lhe a vida, o que, como bom negociante que era, trocou sem pestanejar...
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Recorrente
"Sou morena
filhas de Jerusalhém
...
Não olhais eu ser morena
foi o sol que me queimou"
...
(Cânticos dos Cânticos, Primeiro Poema, Bíblia de Jerusalém)
Segundo a crítica, o fato de ser morena não era um elogio, significa que ela era pobre, era morena porque tomava Sol, o que era marca do trabalho. A continuação do texto afirma que a paixão descrita é o Amor de Deus por Israel. Não sabiam da Estética, nem que histórias de Amor interessam em quaquer formato, e essa merece por ser antiga, do começo dos Tempos.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
A nós
-Qual a última vez que se permitiu a emoção? que é o que acontece quando se contempla o belo?
Mais uma pra coleção do paradoxal: fala-se de estética do corpo, mas é sempre ele que se busca, singularizado no 1 ou no sujeito, ou como queira chamar..
Mas não se deixe ver tudo! a mera pretenção retórica, se diluirá na surpresa do próximo, oxalá assim seja. É difícil subir pela via sintética e concluir o mesmo, mas se aceitar o convite, verá, ou não...
Felizes os que choram
porque ainda podem chorar
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Mês depois
Assim, nesse teatro de faz de conta passaram anos e a despeito de envelhecer ficava cada vez mais bonita até que um dia chegou na vila um professor, que não sambava, mas que ia sempre ao samba, dizia que para se aproximar, até que se aproximou mesmo de Rosa, enquanto um menino falava que a tinha visto no cinema numa das seções extras de filmes antigos, preto e branco inclusive, e afirmava que era ela, que tinha tido filhos e que terminou feliz para sempre com o galã. Quando o professor interveio para dizer que era impossível, não podia haver ninguém como ela, que sua beleza era única e mesmo que fosse próxima da da atriz, era muito melhor, porque era real. Falou também que era absurdo alguém compará-la a uma atriz, porque a cópia era só a primeira forma de arte e ela era a própria arte, sem cópias, mas nisso o menino já estava longe, não ouvia mais. Quando ouviu que ele a chamou de Rosa isso foi suficiente para convencer seu coração e acabar de conversar o resto em casa.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Único
Isso é o mesmo que chamar tudo de palavra como se faz aqui e deixar claro qual o limite, o branco do papel.
domingo, 27 de dezembro de 2009
Dia de festa
Jamais pensou que seria assim, logo teria as crianças, as aulas... mas agora não tinha nada. Só a lembrança do que ficou era capaz de lhe trazer o sorriso à boca: o batom nos lábios carnudos, os dentes brancos e as argolas de dia de festa; de um tempo que ficou esses eram seus preferidos: se arrumava qual uma bailarina em dia de apresentação, em frente ao espelho, o cabelo, a maquiagem, verificava a roupa, tudo nos mínimos detalhes...
Não pensaria mais nisso! E se foi quando o Sol passou os morros que circundavam a vila.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Post falcatra
amor
• sm (lat amore)
1. Sentimento que impele as pessoas para o que se lhes afigura belo, digno ou grandioso.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Antes de continuar
Tem um sentido de eterno que é daqui pra frente sim.
Sempre esteve certo.
Orwell se revira com guerra é Paz e Winston fez carreira com as altereções do passado: sempre foi assim!
E Aristóteles dava aulas enquanto caminhava sob arcos.
Só pra registrar
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Sobre latas, chineses e porcos
- é que quando come um enlatado qualquer, come junto um acidulante e o anti acidulante respectivo, um pra conservar e outro pra dar uma cor no alimento, acho
- ahh, meu pai comia de tudo e não dava nada: banha de porco, carne a vontade e o velho não morreu de colesterol alto, tenha certeza. Tudo bem, era milênio passado, não tinha a globalização, nossa comida não vinha da China...
- nosso tempo é difício. Os químicos chamam eles de aditivos, somos o que, máquinas? porra, faz tempo que Chaplin fez disso comédia, e a gente vai rir até quando?!
- nada, mano, os pais da Chirriro, comendo até virarem porcos
- Ao que parece, nossos encontros furtivos terminam sempre em questões estéticas
- 24 cenas por segundo, encontros furtivos só dão pro Festival do Minuto, sr, a gente se acha bandido mau...
- é nois memo, abs
pp.: pra ficar mais digestivo este deve se chamar Papo de ponto.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Existêncial - elas
Já as cariocas querem bunda e magra não é elogio, elas preferem gostosa.
é tudo pira
domingo, 6 de dezembro de 2009
Por esses dias
senhora perder o prumo, convidar o Dominginhos pra requebrar e terminar no Frevo, acompanhada de guarda chuva, todos olhavam, como se a diversão fosse loucura; certo então são os que aproveitam a graça das histórias que contou o artista.
Pra ser completo, só vendo O Milagre de Santa Luzia.
Quanto pesa a bailarina?
Nada.
A força bruta do bailarino, o quase beijo, Coisas que ajudam a viver: um cachorro, a Marisa e mais um monte de pernas, todas belas (um juízo estético rápido e com pretenção universalista ou tautolólica: Toda bailarina é bela) com certeza ajudam.
Foi tudo lindo
só faltou o Vento
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Instruções
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
A gênese da palavra na criança
E assim surgem as palavras...
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
,
já que não é verso; serve também pra separar as menores digressões ou pausas breves, como acontece quando se fala, e tudo respeitando acordos firmados noutro tempo...
também gosto da parte crônica, a parte dialogal, coisas do eu platônico, mas o que é feito na parte lógica, mesmo que chato, é absolutamente fundamental!
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Aristóteles, Metafísica, livro A, 980 a
É bom que se diga logo: todo diálogo é platônico; misturá-lo com teses, verdades, aforismos ou seja lá o que acontece aqui nos dias chuvosos nasce dessa coisa loca que é o nosso tempo.
A Estética é a filosofia do agora, deve ser feita através da crítica, ao fim de cada espetáculo. Ele, espetáculo, é o próprio objetivo e porquê daquele ramo da filosofia, é através dele que se estabelece no que se vê, auxiliado pelo o juízo estético, se o jogo, peça, apresentação, balé, seja qual for o espetáculo, graus de prazer e dizer, então, se ele foi bom, melhor, pior...
domingo, 15 de novembro de 2009
Ao acaso
A página ficou mais bonita
Aumentou em número e em qualidade, acho, sr
Quanto ao tema ou aos temas, nada de novo
Esse é só pra não passar em branco
E pra não dizer tudo
Digo que foi por acaso que sentei aqui, hoje.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Colheita
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Auto-retrato
Só é ruim porque, infelizmente, ela não existe, sr...
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
sábado, 31 de outubro de 2009
Da ponte pra cá
- Mas fala Dela também! Não?
- Sim, e com certeza, mas ai não impera a Lógica, mano, pelo contrário: o reino das Paixões é diametralmente oposto ao da Lógica. É um subterfúgio a solidão, sr.
- É que fala da Morena com uma paixão, como se ela existisse...
- E quem disse que não? posso não ter sua companhia agora, mas sei que o Acaso ou Destino, você escolhe o que preferir, já preparou nosso encontro, um dia, qualquer dia, quando não faltar mais nada...
- Ahh, depois eu que sou o platônico, e como vai saber? ela trará um plaquinha com seu nome?
- Ela estará linda, é obvio, sr, de vestido florido e tocará Clube da Esquina - 1972, acho que saberei, né?
- É... acho que é suficiente sim, sr...
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Elas
O propósito é falar do feminino, mas feminino aqui significa ou tenta significar mais do que o sexo oposto; sim, elas são parte importante do movimento e serão objeto de análise a seguir, mas percebe que algumas são curiosas: a loucura, cada um tem a sua como se fosse suficiente cinco minutos de ódio, a tigresa de unhas negras que nos arranha o estômago em busca de comida, a alma e tudo o que concedo a partir dela, a maconha, a cafeína, a cocaína e todos os sufíxos ínas possíveis, a postura que paradoxalmente significa tanto a qualidade física quanto a conduta ética, a lista das palavras que nomeiam as coisas ou sentimentos ou realidades é grande, e a própria palavra palavra devia ter sido e foi o primeiro dos exemplos dada sua relevância para lógica.
A beleza seria mais um exemplo no paragrafo anterior não fosse a intenção de usá-la aqui para botar a Morena na conversa. Já sabe que se diz morena de três tipos diferentes de mulher, -e se reluta, meu caro, é porque te falta a sorte da experiência-, só fala que um é três em mais um caso e talvez isto seja signo da Beatitude talvez a teoria precise do Bem, dos transcendentais, talvez só sirva em caso de amor platônico, mas então ela será a própria felicidade, causa de loucura tão intensa que parece LSD numa praia deserta.
Percebe como o feminino serviu aqui para ir do mais viceral dos sentimentos até o que é o mais inteligível possível?
eis a dificudade do tema.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Diálogos platônicos II
- Oi, como você tá?
- Tudo bem, o curioso é que tava pensando em vc! sr...
- Sério?! Duvido! Em que tava pensando?
- Ahh, não era nada de especial, só tava pensando, ué!? sr...
- Nem vem que não tem, sei que gosta de imagens e a lembrança é assim... Vai, fala do que você lembrou?
- Quando a gente se vê no mesmo lugar, mesmo que tempos depois, acho que é normal velhas paixões, amizades sinceras e café sem açúcar voltarem à boca...
doces sorrisos e abraços cheirosos aconteceram... e era como se os anos não tivessem passado e ambos estivessem naquele velho pátio, agora, os olhares alheios não preocupavam, não se sorrisse assim, como quem aprontou alguma, se o olhar for o mesmo é porque ela é a mesma... a pessoa não muda, não importa o que aconteça, já diria minha mãe...
- É, isso é verdade. Sabe, a nostalgia as vezes me toma e é como se fosse criança e as regras não existissem... Talvez, se por um instante pudesse voltar, saber o que sei hoje, saber que amor a distância também é Amor... saber, ter a ciência exata do que só pode ser impreciso... ah...
- Não! Se não sabia, agora sabe, se não sei voltar no tempo sei que o futuro ainda não existe e que te quero, sempre quis... e se já não importa nenhuma convenção, então...?!
- Pra você sempre foi fácil...
- Pra que arranjar mais problema além daqueles que o amor já traz em si? Se pra mim sempre foi fácil, pra você foi difícil demais... Claro que também tenho saudade daquele tempo, do seu jeito de criança, do seu arrepio ao vento frio das noites de Julho...
- Viu como ainda tem as imagens na memória? sr...
sábado, 24 de outubro de 2009
Estudo sobre o Vermelho
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Teatro das ilusões
(Meditações, Descartes)
Mesmo que o uso da dúvida seja mais próprio ao objetivo cartesiano que era o de construir uma ciência segura, citar o trecho é suficiente, já que o que se pretende aqui é algo mais risível que o pretendido por Descartes; só peço que duvide, como ele faz, caso alguma vez tenham te enganado:
Alonso largou em 15º, Nelsinho em 16º. Numa corrida de rua, Fernando optou por uma primeira perna curta. Piquet, optou por encher o tanque. Logo após o pit stop do espanhol, o brasileiro bate. Entra o safety car, tudo se embaralha. O bicampeão pula para a ponta, de onde não sai mais. Venceu o primeiro GP noturno da história da Fórmula 1. Que agora pode ficar marcado pelo golpe da manipulação, caso as investigações levantem dados suficientes para levar a Renault ao Conselho Mundial e ser reconhecida como culpada.
http://blogf-1.blogspot.com/2009/08/batida-de-piquet-em-cingapura.html
Qualquer fonte serve para o que se pretende, a dúvida não precisa ser hiperbólica, não precisa duvidar do corpo, do chambre, nem dos sentidos, basta que admita: não é bom se fiar em quem já te enganou uma vez.
sábado, 17 de outubro de 2009
A metáfora mais bonita da filosofia diz respeito ao movimento, mais precisamente, ao Primeiro Motor Imóvel, sem o qual não existiria movimento algum e responde como move o Primeiro Motor: como o amado que move o amante sem nada fazer.
É completamente diferente da Idéia de Amor platônico, além de ser mais interessante, do ponto de vista dos amantes que não dependem mais de uma união ideal, como se existisse alguma assim.
Qualquer maneira de amor vale a pena...
sábado, 3 de outubro de 2009
Diálogo Socrático
- Não.
- Bom, nós basta a conversa, certo?
- Sempre.
- Então, do filme é suficiente saber o título porque ele nós serve de tema para responder o problema de que falamos dia desses: Os graus de afastamento da Verdade, lembra?
- Lembro sim.
- O filme mostra, entre outras coisas, o bendito casamento... mas repare que, diferente da novela, no filme todos são indianos.
- Certo.
- Percebe que a novela e o filme estão distantes da Verdade, que no caso seria um casamento indiano de fato.
- Percebo!
- E mais, a novela e o filme estão em graus diferentes, porque mesmo que sejam todos atores, na novela todos são brasileiros.
-Sim. Se entendi, até aqui são três graus de Verdade: o casamento de fato, o filme num segundo grau e depois a novela. Como no livro do Saramago, A Caverna?!
- Quase, enquanto falava dos filmes sim, tem razão, mas a metáfora da Caverna é com o Demiurgo que é o responsável, para Platão, por dar forma ao mundo material e a personagem do livro é um obreiro, que é aquele que faz objetos de barro.
- Então, o obreiro conhece a Verdade?
- Melhor que outros, com certeza. Perceba que ele faz os objetos, diferente daqueles que falam sobre ou descrevem o objeto. Quem faz o objeto precisa saber como é o objeto de fato, certo?
- Perfeito!
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Sem começo nem fim
Assim, paradoxal, significa: idéias que caminham em paralalo, (para - paralelo, doxia - idéia em grego); tautológico é a tabela de verdade que é verdadeira do começo ao fim; Metafísica é o que está além(meta) da física ou do físico, se preferir; e eterno é o que não tem começo nem fim, como Deus que existe antes do tempo e para além dele, ou o amor platônico que existe desde sempre e sempre existirá.
Alguns acreditavam que esse saber, talvez fosse melhor usar, saber, no lugar de ciência era suficiente, ou seja, saber o que as palavras significavam era o suficiente, mas como sabemos agora, saber o que significam as palavras não te dará tudo, ou pelo menos camufla outros significados possíveis e que são seus ou meus, ou de cada um, como você disse; e isso se apresenta como verdade, posto que, quando digo Morena, posso dizer isso de três pessoas ao mesmo tempo, como já disse tempos atrás, e pra saber do que falo, precisa da experiência ou ver o que vejo.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Tautológico
Porque a Cidade é logo ali, tão ali que a gente vai a pé... mesmo que os pés doam.
Todo guarulhense é um bravo.
sábado, 12 de setembro de 2009
Encontro diminuto
As bailarinas saem refeitas, cabelos amarrados, sorriso no rosto pelo bom papel de minutos antes, prova disso foram os aplausos de uma platéia que se foi. Os minutos passam e ela não sai. A banda se despede dos poucos que estão ali, um pessoal aguarda na escada, sem entrar no corredor, as vozes que saem desse, dão a impressão que a maioria já foi, mas ela ainda não passou.
Corredor adentro, os camarins tem dois nomes em cada porta e em alguns, a luz ainda estava acesa, vozes baixas confirmavam a presença das últimas bailarinas. As portas se sucessedem sem que encontre o nome, Marisa Bucoff, escrito, até que chega a última porta, a última, seria isso signo de alguma coisa? Ali, porta fechada, a conversa parece animada, até que a fã sai e pergunta se vou entrar. Entro, é pequeno, um espelho, uma pia junto a um balcão, uma cadeira e os figurinos que ainda não foram retirados formam o todo do interior, olho meio sem jeito para ela, a vergonha e o acaso da situação que minutos antes não imaginaria fazem as vezes do encontro, o Luciano me espera lá fora. Pois que espere.
E já que cheguei até ali, é de se esperar que diga alguma coisa à moça que se seca e sorri quando me vê:
- Semana passada foi lindo, vcs estavam lindos hj tbm!
- Ah, vc estava semana passada?
- Tava sim, mas hj, sei lá, estavam lindos e as coisas ficam mais lindas com vc!
- Ahh...
Um abraço e um beijo selam o encontro que jamais foi pensado...
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Primeira aula de um curso de Estética
sábado, 5 de setembro de 2009
Princípio de economia
Perceba que, quando chegamos a esta última forma, estamos distantes da tese original do Estagirita e que ela só faz sentido, hoje, porque é capaz de encontrar outros significados além dos que eram pretendidos pela sua forma original: formular esta pergunta diante de um capitalismo feroz parece, no mínimo, recomendável.
Ao repetir essa pergunta, tendo consciência ou não da tese, o sujeito chega a uma conclusão evidente: por que vou escrever todas as letras da palavra, se me bastam algumas: pq, d, vc...
É evidente pq não tem como escapar das formas mais simples, vc, pq... qdo não se é obrigado a respeitar a gramática, não obstante respondam as perguntas feitas pela lógica quanto ao significado que as letras ganham. Não adianta vc ficar bravo, oh gramático de plantão, não tem pq com mais, se com menos, eu escrevo vc, e você sabe, precisamente, a quem me refiro: a você, como é evidente.
Ponto pra Lógica.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Daniella, pedagoga.
Isso posto, podemos continuar...
terça-feira, 1 de setembro de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
Conversa de msn
- Você acha?
- Tenho certeza! Os sinais são muitos...
- Por exemplo?
- Veja o Twitter, são aforismos como se fossemos pré-socráticos... Ademais, tem a wikipédia, você sabe, tá escrito na Bíblia, tá virando outra Babel e depois teve a biblioteca de Alexandria.
- Queimaram, mas não acabou, se todos os livros que estão ai dentro falam coisas diferente do que diz o Alcorão eles são mentirosos e merecem ser destruídos, se falam o mesmo, são desnecessários... Mas desde quando se vale da bíblia pra qualquer coisa?
- É Nega, tá vendo como tá chegando ao fim...
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Do que falava
Sei que eram frades do séc. XIV, mas se vc não reparar nos detalhes a teoria funciona bem, ao menos, não se contradiz; mas não fala nada do Amor. Este tem como causa o Bem que é o conhecimento e a verdade.
Isso tudo faz sentido quando a gente lê, O nome da Rosa. Sem o mosteiro fica meio perdido...
E firmamento é o céu.
É isso aí.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Física
Movimento era então a mudança. Esta ocorria entre dois extremos: a matéria prima, ou pura potência e o Ato puro. Ele não considera o movimento como faz Newton, e a gente, a partir de um referencial, era mais a atualização, o que pode ocorrer em tudo que tem Alma, que é o princípio interno de movimento, ou seja, pode se mover sozinho: uma semente tem a árvore inteira em potência, por exemplo; um cachorro tem alma, já que pode caminhar e se desenvolver sozinho.
Um planeta também tem alma, pelo mesmo motivo, mas aí falamos de algo que é diferente ao menos quanto a constituição, posto ser feito de éter, o que o torna perfeito, diferente dos corpos presentes aqui na Terra.
Nem precisamos chegar à beatitude para salvar as bruces., Aristóteles nos fez esse favor...
sexta-feira, 3 de julho de 2009
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Perdida na fugacidade da moda, que é o ente matemático que mais se repete em um conjunto, ela não pode ser conhecida, pois, é necessário a imutabilidade para que o conhecimento seja efetivo, e ela não atende a essa premissa.
Mas, se a Beleza, por si só, é um jeito de se alcançar a beatitude, que é a própria felicidade, enquanto estivermos aqui, neste plano, elas são o próprio caminho a ser seguido.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Curioso II
Mas o tempo passou e os homens colocaram tudo no seu devido lugar: o Sol no centro do sistema solar, a Lua girando em torno da Terra e o homem no centro de tudo.
Cada estrela que vemos no céu é como se fosse o nosso Sol, que nada mais é do que uma estrela. Em torno de cada estrela pode haver um sistema como o nosso, mas o mesmo homem insiste em dizer que estamos sozinhos aqui...
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Idéias
O que a gente dá de barato e que de barato não tem nada é a invensão do sujeito, coisa da modernidade, e que fica clara quando a gente lê, e entende perfeitamente, no texto de Descartes: Penso, logo existo.
Sei que o salto é grande, deixo de lado Aristóteles e toda sua crítica à teoria platônica das Idéias, a idade média e a compatibilização feita por eles entre Platão, Aristóteles e o Deus cristão, mas 2500 anos de história não cabem num post.
Pra começar
segunda-feira, 16 de março de 2009
Cena
E as gargalhdas eram fartas...
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Noções de História
Outros, por sua vez, entendem que a História acontece em "ciclos", sendo assim, existem períodos de apogeu e de declínio. Para estes, entre outras coisas, é preciso uma análise dos fatos para determinar se o momento histórico é bom ou não; poderiam argumentar, então, que Paris no século XIV foi o apogeu dos tempos modernos, termo que, aliás, significa, os do nosso tempo, e que depois disso, decaimos, ou caminhamos para outro lado do círculo, numa revolução eterna.
Haveria uma terceira que tenta articular as duas anteriores: teria, então, a forma de uma espiral. Assim, as revoluções apresentam uma certa repetição dos tempos anteriores considerada a evolução do passar do tempo.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Sobre a loucura.
Que importa as cores que viu
é um colorido único, vale ser lembrado.
Todos querem um Homem que já não existe.
Não estranhe que tenha entendido o movimento Celeste
melhor que agora que está melhor.
O Coração escapa a simetria do corpo, não é um acaso
vale seguir suas recomendações, a despeito das médicas.
loucos são os que não entendem
ou, como diria um Mestre:
"Ninguém sabe de nada,
eu sei..."
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Curioso I
Que rejeite a minha crítica, sem atacar os meus argumentos.
Que me considere menor, sem ouvir o que estou dizendo.
é nois
O verbo na terceira pessoa do singular, mais a segunda pessoa do plural, mesmo que esta traga o registro próprio da oralidade, aparece como a forma precisa de dizer que, eu e você somos um só diante das mais diversas situações.
Será a forma mais precisa quando a intenção for expressar essa comunhão de pensamentos, atitudes, vontades...
sábado, 24 de janeiro de 2009
Nem um, nem outro
Desde então, passamos por diferentes momentos: ora era Aristóteles, ora Platão, quem dominava a cena. Ambos tiveram seus momentos de glória e de esquecimento: na baixa idade média, por exemplo, era Platão quem dizia como funcionavam as coisas; logo depois, séc. XII, os academicos da Igreja, começaram a receber as traduções dos textos aristotélicos, via Árabes, e então escreviam Filósofo, assim, com letra maiúscula, tamanho o domínio que Aristóteles exercia naquele tempo.
A noção de Ciência que nós empregamos, mesmo que hoje seja completamente diferente; a forma dissertativa que importa até no vestibular; a Lógica, isso tudo, e algo mais, é aristotélico. Porém, quem estuda as formas de aprendizado infantil, e aqui, penso em, Piaget, acredita que a criança já tem algo de pronto, desde que nasce, o que é, evidentemente, platônico.
E não é que eles estão certos!
Explico: ao que parece, a criança precisa saber alguma coisa para "se virar" quando chega nesse nosso plano, mas a experiência me dá um exemplo com o qual reafirmo minha escolha: sem experimentar, não dá pra formular um juízo: Um amigo, vinte e tantos anos, montou seu primeiro computador. Estava ali para ajudá-lo no que fosse possível, uma vez que tecnologias não são meu forte. Quando ele lança a pergunta, de absoluta pertinência para quem nunca havia experimentado o fato: Quando esse barulhinho chato pára?
Bem vindo ao novo mundo!
Era o realmente incomodo barulho do cooler...
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Ode ao Pai
Diferenças
Para uns, ela sempre existiu, precede o aqui e agora, esses a chamam de alma. Há aqueles que entendem que a mente existe para coordenar o corpo, não é necessário que ela exista nem antes nem depois do próprio corpo.
2500 anos depois, ainda parece que discutímos se somos aristotélicos ou platônicos...
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Genial!
sr.
sobre a cópia
Pra nossa sorte, os ventos do sul trazem o novo, e então, o espetáculo é certo.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Diálogos platônicos
- séria, Não vai adiantar, agora, vc me dizer isso assim, com essa calma, como se nada tivesse acontecido. Como se minhas atitudes fossem perdoáveis. Não quero seu perdão, não quero mais nada.
-Mas eu sim, quero que as coisas sejam como...
- interrompendo ferozmente, Suas carícias, seus agrados, não mudarão o que fiz, nem o que o que ainda quero fazer.
- surpreso, Como assim?
-sarcástica, Que foi? Não achou que ia parar por aqui, né? Escuta o que te digo: Eu mudei! Quero ser outra, vc não me basta mais. Seus sonhos não me servem mais.
- alterando a fisionomia, Quer dizer que os sonhos eram meus? Quer dizer que a casa branca, as crianças... foram desejos meus?
- num tom mais ameno, Sabe que não, mas...
- interrompendo, É, agora vejo o que está acontecendo...
- séria, Ahhh, não me venha com suas interpretações, seus achismos. Não me interessa a teoria que me apresentará, agora.
- calmo, Não faça pouco dos meus pensamentos, ou esquece que foi por eles que se apaixonou?
- É, esse foi meu erro.
- Erro? Não querida, é isso que acontece quando nos deparamos com a verdade. Foi ela quem te convenceu, sabe que não encontrará outro, assim, como eu...
- E quem disse que é isso que eu procuro?
- Me lembro, agora, de uma música: Quando olhastes bem, nos olhos meus, e o teu olhar era de adeus... E os seus não me parecem assim...
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
O Tempo
Falar sobre o tempo pede recurso à uma fugacidade de instantes, exemplos, o que torna a tarefa difícil, bem como quanto pretende-se falar do movimento. Peço, então, auxílio aos academicos. Para Aristóteles esse "existir" não é mais que um "melhorar", posto ser a atualizaçao da matéria em direção forma, ou se preferirem, da potência ao ato; e tudo se diluirá no Ser, ele sim, ato puro, primeiro motor imóvel, aquele que está fora do próprio tempo e vê tudo passar, e que, como o amante, move sem nada fazer.
Pede a distinção lógica, uma vez que falamos do tempo significando as condições climáticas; outras vezes, como aqui, ele significa o passar do dia; o "time is money" pede pra esquecer seu próprio passar, mergulhados nos fazeres da rotina, para pensar em dinheiro e em como nos falta tempo pra ganhar mais. O próprio ideal de beleza encontra, aqui, um desafio: a mágica que torna as mulheres mais velhas, mais novas do que quando eram jovens; tenta assim, disfarçar a passagem do Tempo, como o exemplo de Dorian Gray, mesmo que o pacto seja menos macabro. Diferente da citação, onde as coisas têm princípio, e dai um fim, nosso tempo é o da novidade, do que está por vir, nunca do agora. Então, a fugacidade do instante, do prazer fazer sentido.
Saber que poucas coisas escapam dessa engrenagem pós-moderna, (mesmo que moderno signifique, os que são do nosso tempo, o que torna desnecessário o pós), tornará o viver mais significativo quando encontrarmos algo assim, e se me pedem exemplos: a Arte e o Amor, acho que estes são os melhores, mesmo que as maiúsculas peçam explicações.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
II.
Esse nada, chamava a atenção pelo fato de ser inútil. Não era possível ver, com a precisão que se espera, a cor dos olhos, ou mesmo, as imperfeições da pele. E se perguntava por que não dava, ele mesmo, um fim naquilo tudo? Se os tempos fossem outros, se a avó ainda estivesse por ali para recriminar-lhe os atos violentos, vá lá, mas sentia que não podia, e mesmo que fosse pra ver pouca coisa, olhava, mais atento do que nunca, e via ainda a mancha, a mesma, de anos. Lembrava dela pequena, mas a cada vez que voltava os olhos para ele, o que não fazia com freqüência, a marca aumentava, como quem diz: Não está me vendo aqui?
Cansado do descaso, resolveu por um fim nas dúvidas e passou a olhar diretamente, pela última vez, para a herança da família. Herança? Aquilo era tudo, menos coisa pra guardar pra posteridade, pras futuras gerações... Olhou, e viu seu rosto, como nunca antes, com toda a sua velhice prematura; a prata havia descolado, ou era o seu rosto que havia impregnado a feiura? Não tinha razão para continuar com aquilo, estava decidido. Quando o pegou da parade, e segurou relembrando as peripécias de menino; quando o trouxe na altura dos olhos, ele se partiu, parecia que havia sido atirado ao chão. Quebrado em milhares de pedaços, era possível escutar o seu desdém, no barulho do estilhaço, como quem diz: Acabou, e pra você, deixo os cacos...
Só restou a vergonha
parênteses
Os espectadores deixaram o teatro antes do fim, saída discreta pela pela porta dos fundos. Ficamos na primeira fila a espera do instânte perfeito...
Existem coisas que só precisam da ocasião pra serem boas. Essas sempre valem a noite, e, então, o Belo.
o telefone tocou quando começava Got be real. Assim como a chuva, as borboletas, as boas músicas trazem um novo significado pro dia, pro todo.
Era Ela; não sabia bem o que fazer, aquele frio que sobe por dentro, as lembranças; é curioso como a vida passa rápido no quando do perigo. Mentira, não era perigo, era o amor que trazia as lembranças, tudo, ao mesmo tempo: a loucura, a paixão, as desculpas, que nunca são capazes de tirar a culpa, as marcas...
Não queria atender... ou queria? E, então, escutaria a voz rouca, suave; a delicadeza das mãos, dos pés, as unhas à francesa, a cintura, era a vida, o porquê, e quando não, nas ausencias do dia, era a foto que levava na carteira, duas pro caso de perder.
Já não pensava mais. Seria tudo novo de novo, a casa, os filhos, o resto da vida, pra sempre. Lógico que as coisas dariam certo; nunca mais discussões; perfeito...
Então, estava tudo certo,
menos a curva cega na pista molhada.
Ainda podiam escutar o telefone.
domingo, 16 de novembro de 2008
I.
Bela, ainda menina, no mínimo, nos jeitos. A flor de croché nos cabelos conferia o ar da mais pura das mulheres, daquelas que deixa a Razão falando sozinha, sem audiência, a qual se volta toda para ela quando entra na sala.
O vestido, sempre o vestido, nem curto, nem longo, mostrava as pernas e pedia o resto à imaginação.
Era dia de festa na rua, pessoas conhecidas, pessoas novas, de repende, era o seu sorriso que foi seguido da pergunta despretenciosa: Você se parece com alguém?!
Só sobraram as costas pra ouvir a resposta.
da rua Vergueiro
Fica também acertado entre nós, que nada está acertado antes de existir, de estar posto no post, devidamente configurado e imagéticamente visualizado, à imagem das páginas de um livro de páginas amarelas, que fechamos quando a porta do trem se abre e é hora de entrar... ou de sair. Serve então de prólogo, proêmio, prefácio, pois são aquelas reservadas às explicações, e que preparam os leitores para o que virá.
Essas histórias de homens e mulheres, as quais, provavelmente, só farão sentido quando lidas no ponto certo da varanda, são as mesmas que acontecem no ir e vir de todo da dia útil, que acostuma os olhos à beleza da cidade cinza, que por suas formas facilita o enquadramento num filme futuro, mesmo que já não hajam mais tantas varandas para serem filmadas...
sábado, 15 de novembro de 2008
Um certo Homem
A visão do Belo causa, em todos nós, a multiplicidade de sentimentos próprios aos amantes. Por isso, nunca é com um olhar desinteressado que o espectador contempla o espetáculo. Porém, por vezes, acontece algo que diz respeito tão somente aos artistas que o apresentam e que estarão sujeitos à crítica do esteta, (a bem da verdade é que ele diz respeito aos espectadores, mas o ingresso já foi pago, então, é tarde para arrependimentos): a falta do, Homem de Gênio! Ele é aquele que, seja em qual arte for, (teatro, música, dança...), faz a diferença, exatamente por não ficar restrito ao universo do comum.
Darei um exemplo, para que se torne mais claro o que digo: O espetáculo "Bossa Nova", da companhia de dança, Ballet Estagium, por não contar com nenhum daqueles poucos Homens, torna uma apresentação que tem a trilha sonora "perfeita", em uma repetição infindável do mesmo gestual de mãos, o que mostra a limitação do coreógrafo que, no caso deste tipo espetáculo deveria ser o Homem de que falei antes, e sem o qual não será possível sair do comum. Não peço saltos, manobras, ou coisas mágicas, o Homem de Gênio é exatamente aquele que responde a pergunta: por que com mais, se com menos? então, não será o uso de efeitos especiais que trará a mágica ao espetáculo.